quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A Transposição do Rio São Francisco







O rio São Francisco é um dos mais importantes cursos d'água do Brasil e de toda a América do Sul. Conforme estudos, sua nascente real e geográfica está localizada no município de Medeiros, Minas Gerais. Na Serra da Canastra, no município de São Roque de Minas, encontra-se a aproximadamente 1200 metros de altitude a chamada nascente histórica, a qual por muito tempo se pensou ser a nascente real. O rio também atravessa o estado da Bahia, fazendo sua divisa ao norte com Pernambuco, bem como constituindo a divisa natural dos estados de Sergipe e Alagoas, e, por fim, deságua no Oceano Atlântico, drenando uma área de aproximadamente 641 000 km². Seu comprimento medido a partir da nascente histórica é de 2 814 km, mas chega a 2 863 km quando medido ao longo do trecho geográfico.[1] Seu nome indígena é Opará e também é carinhosamente chamado Velho Chico.    
Apresenta dois estirões navegáveis: o médio, com cerca de 1.371 km de extensão, entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA) / Petrolina (PE) e o baixo, com 208 km, entre Piranhas (AL) e a foz, no Oceano Atlântico.O rio São Francisco atravessa regiões com condições naturais das mais diversas e tem cinco usinas hidroelétricas.As partes extremas superior e inferior da bacia apresentam bons índices pluviométricos, enquanto os seus cursos médio e submédio atravessam áreas de clima bastante seco. Assim, cerca de 75% do deflúvio do São Francisco é gerado em Minas Gerais, cuja área da bacia ali inserida é de apenas 37% da área total.
A área compreendida entre a fronteira Minas Gerais-Bahia e a cidade de Juazeiro(BA), representa 45% do vale e contribui com apenas 20% do deflúvio anual.Os aluviões recentes, os arenitos e calcários, que dominam boa parte da bacia de drenagem, funcionam como verdadeiras esponjas para reterem e liberarem as águas nos meses de estiagem, a tal ponto que, em Pirapora (MG), Januária (MG) e até mesmo em Carinhanha (BA), o mínimo se dá em setembro, dois meses após o mínimo pluvial de julho.
À medida que o São Francisco penetra na zona sertaneja semi-árida, apesar da intensa evaporação, da baixa pluviosidade e dos afluentes temporários da margem direita, tem seu volume d'água diminuído, mas mantém-se perene, graças ao mecanismo de retroalimentação proveniente do seu alto curso e dos afluentes no centro de Minas Gerais e oeste da Bahia. Nesse trecho o período das cheias ocorre de outubro a abril, com altura máxima em março, no fim da estação chuvosa. As vazantes são observadas de maio a setembro, condicionadas à estação seca.

A transposição

A transposição do rio São Francisco se refere ao polêmico e antigo projeto de transposição de parte das águas do rio São Francisco, no Brasil, nomeado pelo governo brasileiro como "Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional". O projeto é um empreendimento do Governo Federal, sob responsabilidade do Ministério da Integração Nacional – MIN. A obra prevê a construção de mais de 600 quilômetros de canais de concreto em dois grandes eixos (norte e leste) ao longo do território de quatro estados (Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte) para o desvio das águas do rio. Ao longo do caminho, o projeto prevê a construção de nove estações de bombeamento de água.
As obras








Quem é contra e quem é a favor?



Greve de fome de religioso contra transposição já dura três dias
Quinta-feira, 29/09/2005 - 10:57


Brasília – Já dura quase três dias a greve de fome do bispo de Barra (BA), Dom Luís Flávio Cappio, em protesto contra a transposição do Rio São Francisco. Segundo o representante da Comissão Pastoral da Terra em Salvador, Ruben Siqueira, desde o meio-dia de segunda-feira (26), o padre só consome água.

Siqueira disse que, até ontem (28) à noite, quando recebeu as últimas notícias sobre o estado de Cappio, o religioso estava "consciente e sereno". "Ontem ele sentiu a primeira tontura, um sinal de que o organismo se adaptou à falta de alimento e começa a consumir as reservas de energia", contou Siqueira, que coordena o Projeto São Francisco, desenvolvido pela CPT em parceria com a Comissão Pastoral dos Pescadores.

De acordo com Siqueira, Dom Luís Flávio Cappio continuará a greve de fome até que o governo federal reveja a decisão de executar o projeto de integração do São Francisco. O representante da CPT informou que o padre está na Capela São Sebastião, a cerca de três quilômetros de Cabrobó (PE), município próximo a um dos locais onde barragens serão construídas.


Jornaldamidia.com.br




Minha opinião

Tecnicamente falando, eu diria que os recursos naturais não são intocaveis, porém, intervenções desta natureza são agressivas a ponto de desequilibrar o ambiente e causar inúmeros problemas. Como por exemplo, o assoreamento do leito de partes do rio, impedindo  a navegação  e outras atividades. No momento eu não sei a quantas anda o projeto de transposição do Rio São francisco. Eu também sou contra. Na democracia Brasileira manda quem pode e obedece que tem juízo 




2 comentários:

  1. O projeto de transposição do Rio São Francisco é um tema bastante polêmico, pois engloba a suposta tentativa de solucionar um problema que há muito afeta as populações do semi-árido brasileiro, a seca; e, ao mesmo tempo, trata-se de um projeto delicado do ponto de vista ambiental, pois irá afetar um dos rios mais importantes do Brasil, tanto pela sua extensão e importância na manutenção da biodiversidade, quanto pela sua utilização em transportes e abastecimento.

    Aluno: Railda de Sousa Rodrigues

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  2. Resta saber qual será o impacto ambiental causado pela transposição de um rio que já agoniza, já que a maioria não ta nem ai pro ecossistema.

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